Uma fase do desenvolvimento de minha
pequena que passou e deixou saudade é a amamentação. Tivemos um começo
doloroso, o leite demorou a descer, tivemos que passar pela relactação, usando
leite artificial como complemento. Eu, na insegurança de mãe de primeira
viagem, ia seguindo as orientações dos profissionais que me cercavam, mas lá no
fundo não estava concordando com tudo aquilo.
Meu lado consciente me dizia que eu era
capaz, que eu tinha leite o suficiente para alimentá-la. E lá fui eu... Passei
a ouvir mais meu coração, diminuindo a cada dia o volume de leite complementar
até parar completamente e seguir com a amamentação em livre demanda. Muitos
diziam que a Bê mamava muito, toda hora pedia o peito, mas não era nada mais que a real proposta da livre demanda.
É claro que as vezes era cansativo,
principalmente quando as solicitações de madrugada eram acima do normal, mas
aos poucos fomos nos adaptando e encontrando a melhor forma de satisfazer
nossas necessidades.
Crescendo um pouquinho Bê foi
dispensando qualquer meio “artificial” que usávamos. Éramos somente nós, eu e
ela, com muitos carinhos e troca de olhares. Momentos que ficarão para sempre
em minha memória.
Digo ficarão porque Bê não mama mais.
Assim como tínhamos a amamentação em livre demanda, o desmame aconteceu muito naturalmente.
Foram 1 ano e 7 meses e paramos quando Bê decidiu que não precisava mais. Por volta de
1 ano e 5 meses começou a solicitar menos o peito, e quando solicitava era mais
pelo aconchego do que pela própria alimentação (Bê se alimenta super bem). Aos
poucos fui mostrando a ela que existem outras formas de aconchego que não fosse
o “mama”. Que podíamos assistir um desenho deitadas juntinhas, ler um livro
sentada no meu colo, e diversas outras coisas.
E quando ela se sentiu preparada
o desmame aconteceu... Sem sofrimento para a pequena. Para mim restou uma saudade imensa... e
a sensação de dever cumprido.
Beijo grande!!!
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